O Rim e Suas Funções: exames, diagnóstico e tratamentos minimamente invasivos

Os rins desempenham um papel essencial na saúde do organismo. Além de filtrarem o sangue, regulam a pressão arterial, equilibram eletrólitos, produzem hormônios importantes e participam diretamente do controle da composição da urina. Quando ocorre alguma alteração estrutural ou funcional — como cálculos, tumores, obstruções e infecções — o impacto pode ser significativo.

Com os avanços da urologia moderna, diversas dessas condições podem ser tratadas por meio de técnicas minimamente invasivas, que oferecem menor agressão ao corpo, recuperação mais rápida e excelente precisão diagnóstica e terapêutica.

Este artigo explica como essas técnicas funcionam, quando são indicadas e quais procedimentos fazem parte da endourologia e da cirurgia percutânea renal, sempre com foco em segurança, ética e orientação ao paciente.


O papel do rim no organismo

Os rins são responsáveis por funções vitais, entre elas:

  • Filtração do sangue e eliminação de toxinas
  • Regulação da quantidade de água no organismo
  • Controle do equilíbrio de sódio, potássio e outros eletrólitos
  • Produção de hormônios, como eritropoietina e renina
  • Ativação da vitamina D
  • Controle da pressão arterial
  • Produção da urina e manutenção do equilíbrio ácido-base

Quando qualquer uma dessas funções se altera, podem surgir sintomas como dor, sangue na urina, infecções recorrentes, retenção de líquidos, aumento da pressão arterial e alterações laboratoriais.


Acesso minimamente invasivo: o padrão atual na Urologia

O acesso minimamente invasivo é considerado o padrão de referência no tratamento de diversas doenças do trato urinário. Ele permite:

  • Menor perda sanguínea
  • Recuperação mais confortável
  • Menor tempo de internação
  • Retorno precoce às atividades habituais
  • Cicatrizes menores ou inexistentes

Essas técnicas utilizam equipamentos endoscópicos, que permitem visualizar internamente o rim, o ureter, a bexiga e a próstata com câmeras de alta definição, possibilitando tanto diagnóstico quanto tratamento com grande precisão.

Entre as condições que podem ser tratadas por via endoscópica estão:

  • Cálculos urinários
  • Tumores das vias excretoras
  • Hiperplasia Prostática Benigna (HPB)
  • Estreitamentos e obstruções urinárias
  • Malformações congênitas
  • Sangramento urinário de origem indefinida

Principais técnicas endourológicas

A seguir, apresentamos os principais métodos utilizados no manejo das doenças renais e urinárias, seus objetivos e indicações.


Nefrolitotomia Percutânea (NLP)

A Nefrolitotomia Percutânea é uma técnica indicada principalmente para:

  • Cálculos renais grandes (maiores que 2 cm)
  • Tumores polipoides da via excretora dentro do rim
  • Estreitamentos ou obstruções próximas à junção do ureter com o rim

Como funciona a técnica

  1. Realiza-se uma pequena incisão na região lombar (1 a 2 cm).
  2. Introduz-se um nefroscópio até o interior do rim.
  3. A trajetória é guiada em tempo real por raio-X.
  4. Ao alcançar a cavidade renal, o cirurgião visualiza diretamente o cálculo, o tumor ou o ponto de estreitamento.
  5. O cálculo pode ser fragmentado com laser e removido com pinças especiais.
  6. Em tumores, pode ser realizada remoção ou cauterização.

Pós-operatório

  • Realizado sob anestesia geral
  • Internação média de 1 a 2 dias
  • Recuperação rápida devido ao mínimo trauma cirúrgico

Essa técnica é especialmente útil para pedras volumosas ou localizadas em regiões de difícil acesso.


Ureteroscopia

A ureteroscopia é um procedimento endoscópico que utiliza um aparelho com câmera — o ureteroscópio — para acessar:

  • Ureter
  • Junção ureteropélvica
  • Cálices renais

Indicações principais

  • Cálculos no ureter ou rim
  • Sangramento urinário sem causa definida
  • Avaliação de estenoses
  • Lesões suspeitas dentro do ureter

Tipos de ureteroscópio

  • Semirrígido: para ureter inferior e médio
  • Flexível: alcança regiões mais altas, como ureter superior e cálices renais

Tratamento de cálculos

Após visualizar a pedra, o cirurgião pode:

  • Retirar cálculos pequenos com cesta extratora
  • Fragmentar pedras maiores com laser
  • Inserir um cateter duplo J para auxiliar a drenagem urinária

Pós-procedimento

  • Alta no mesmo dia ou em 24–48 horas
  • Retorno às atividades após alguns dias
  • Controle confortável da dor com medicações orais

Entre as vantagens, destaca-se a possibilidade de tratar cálculos em praticamente qualquer localização do ureter ou rim, com recuperação muito rápida.


Cistoscopia

A cistoscopia é o exame endoscópico que permite visualizar:

  • Uretra
  • Parte interna da bexiga

Indicações comuns

  • Sangramento urinário
  • Infecções urinárias recorrentes
  • Lesões suspeitas na bexiga
  • Obstruções urinárias
  • Retirada de cateter duplo J
  • Remoção de pequenos cálculos vesicais

Pode ser realizada com sedação e é frequentemente ambulatorial, sem necessidade de internação.

Durante o exame, podem ser feitas biópsias para investigação diagnóstica.


Ressecção Endoscópica da Próstata e da Bexiga (RTU-P e RTU-B)

As ressecções endoscópicas utilizam o ressectoscópio, que possui câmera e instrumentos para remover tecido ou lesões.

RTU da Próstata

Indicação:

  • Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) com sintomas importantes

Como funciona:

  • Remove-se o tecido prostático que obstrui o fluxo urinário
  • Pequenos fragmentos são enviados para análise
  • Cateter urinário permanece por 48–72h

RTU da Bexiga

Indicação:

  • Tumores vesicais não invasivos do músculo

Função:

  • Permite diagnóstico preciso
  • Possibilita tratamento definitivo em casos iniciais

Em alguns casos, pode ser utilizada tecnologia laser como alternativa à ressecção tradicional, conforme avaliação médica.


Urologia Curitiba

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Fonte: Equipe Médica Urologia Curitiba

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