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Câncer De Rim

Câncer De Rim

Introdução
Os rins são órgãos que se localizam acima da cintura e ao lado da coluna. A função dos rins é filtrar o sangue e remover impurezas, sais minerais em excesso e sal. Os rins também produzem hormônios que controlam a pressão, a produção de glóbulos vermelhos, entre outros. Cada rim trabalha de forma independente, e é possível viver com apenas um rim.

O câncer de rim inicia quando células normais sofrem uma alteração e passam a crescer de forma incontrolada, formada uma massa chamada de tumor. Esse tumor pode ser benigno ou maligno, o que significa que ele pode se espalhar para outros órgãos.

Incidência
O câncer de rim é o 8° câncer mais comum em homens e o 10° em mulheres. Nos Estados Unidos, aproximadamente 61.000 pessoas serão diagnosticados com câncer de rim esse ano e aproximadamente 13.000 irão morrer da doença. A estimativa no Brasil é de que ocorram de 7 a 10 casos a cada 100.000 habitantes por ano. Normalmente, o câncer de rim aparece dos 50 aos 70 anos e é duas vezes mais comum nos homens do que nas mulheres.

Fatores de Risco
Diferente de outras doenças, o câncer de rim não apresenta um fator de risco bem definido e pouco se sabe sobre o que se pode fazer para preveni-lo. Alguns hábitos de vida podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, como tabagismo, pressão alta, dieta rica em gorduras e obesidade. História familiar de câncer de rim e algumas doenças hereditárias raras (por exemplo, doença de von Hippel-Lindau, síndrome de Birt-Hogg-Dubé, carcinoma renal papilar hereditário, leiomiomatose hereditária e esclerose tuberosa) também aumentam o risco de desenvolver a doença.

Sintomas
O câncer de rim normalmente não apresenta sintomas nas fases mais precoces. Hoje em dia, a maioria dos pacientes é diagnosticada quando faz exames de imagem (ecografia ou tomografia) do abdômen por outros motivos. Quando o tumor cresce a ponto de apresentar sintomas, os mais comuns são:

  • Urina com sangue
  • Dor nas costas
  • Massa palpável no abdome
  • Emagrecimento
  • Febre não relacionada a infecção
  • Inchaço nas pernas

A maioria desses sintomas é causada por outras doenças que não são relacionadas a câncer, mas ainda assim devem ser investigadas por um médico.

Diagnóstico
O diagnóstico da doença é feito com exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadoriza e ressonância magnética. Normalmente o câncer de rim aparece como uma massa com um aspecto diferente do tecido do rim normal. Em até 20% dos casos essa massa pode ser benigna. Entretanto, essa diferenciação normalmente é feita após a biópsia ou retirada do tumor com cirurgia. Em até 30% dos pacientes o câncer de rim já envolveu outros órgãos no momento do diagnóstico, as chamadas metástases. Dessa forma, quando feito o diagnóstico de uma massa suspeita para câncer de rim, um exame de imagem do pulmão deve ser realizado. Em casos de dor nos ossos ou sintomas neurológicos a cintilografia óssea e imagem do cérebro também devem ser realizadas.

Tratamento
A escolha do tratamento depende do tamanho do tumor, de quanto o tumor cresceu para dentro do rim, se há presença do tumor em outros órgãos e da saúde geral do paciente. As opções de tratamento incluem:

  • Cirurgia: é o tratamento mais comum e em geral o único necessário. A cirurgia do rim é chamada de nefrectomia, podendo ser radical ou parcial. Na nefrectomia radical é retirado todo o rim, a gordura em torno do mesmo e em alguns casos a glândula adrenal do mesmo lado. Em geral, a nefrectomia radical é realizada em tumores maiores e localizados na parte interna do rim. A nefrectomia parcial consiste na retirada apenas do tumor, preservando a função do rim normal e reduzindo o risco de o paciente desenvolver alteração da função renal. Normalmente, a nefrectomia parcial é realizada em tumores menores e apresenta a mesma taxa de cura que a nefrectomia radical. Tanto a nefrectomia parcial quanto a radical podem ser realizadas por via aberta ou laparoscópica.
  • Vigilância ativa: em alguns pacientes mais idosos, com outras doenças graves e com tumores pequenos e que não estão crescendo, pode ser indicado apenas acompanhamento com exames de imagem. Nesses casos, o tratamento é indicado somente quando a doença começa a crescer.
  • Ablação: forma recente de tratamento em que uma agulha é introduzida no tumor congelando (crioterapia) ou esquentando (radiofreqüencia) a lesão. Essa forma de tratamento ainda está em investigação e no momento, é apenas utilizada em alguns centros e em pacientes que apresentam lesões pequenas e que não toleram a cirurgia convencional devido a outros problemas de saúde.
  • Terapia sistêmica: o câncer de rim não responde, em geral, a quimioterapia convencional. Em pacientes que apresentam tumores grandes e extensos em que a cirurgia não é possível ou que apresentam comprometimento de outros órgãos (metástases) o tratamento de escolha é com uma classe de novos medicamentos, chamados de terapia alvo, ou terapia anti-angiogênica, que impede a formação de novos vasos sangüíneos que são necessários para o tumor crescer. A utilização desses medicamentos pode ser feito em associação com a cirurgia e tem apresentado resultados satisfatórios.
  • Radioterapia: o câncer de rim não responde bem a radioterapia. Normalmente, ela é utilizada em pacientes que apresentam dores ósseas por envolvimento tumoral, ou em alguns casos com tumores envolvendo o cérebro.

Seguimento
A probabilidade do câncer de rim aparecer novamente após a cirurgia depende de uma série de fatores, como o tamanho, tipo de tumor, localização, invasão local, entre outros. O ideal é ser feito seguimento com exames de imagem por longo prazo para um diagnóstico e tratamento precoce da recidiva.

 

Fonte: Equipe Médica Urologia Curitiba