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Cálculo Urinário

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Cálculo Urinário

O que é?
Os rins têm a função de manter o equilíbrio de água, minerais e sais em nosso organismo. A urina é o produto da filtração do sangue e nela estão dissolvidas substâncias como cálcio, oxalato, fosfato. Em certas condições, essas substâncias encontram-se extremamente concentradas na urina, formando cristais. Uma pedra é formada quando estes cristais de agrupam.

Os cálculos renais podem ser formados por uma grande variedade de minerais:

  1. Cálculos e cálcio: A grande maioria dos cálculos renais, cerca de 80%, são formados por oxalato de cálcio. As pessoas que formam este tipo de cálculo em seus rins, apresentam uma grande quantidade de cálcio em sua urina. Essa condição é chamada de hipercalciúria e é causada pela grande absorção de cálcio pelo intestino ou dos ossos. A hiperoxalúria acontece quando há grande quantidade de oxalato na urina. Doenças inflamatórias intestinais ( Doença de Crohn ou retocolite ulcerativa) assim como cirurgias intestinais, podem ser a causa desta condição. Cálculos de fosfato de cálcio são mais raros e são formados por uma condição médica chamada acidose tubular renal.
  2. Cálculos de Estruvita: Esses são chamados de “cálculos de infecção” e são compostos por uma mistura de magnésio, amônia, fosfato e carbonato de cálcio. Alguns tipos de bactérias formam amônia, elevam o pH, deixando a urina mais alcalina e promovendo a formação de estruvita.
  3. Cálculos de Ácido Úrico: O ácido úrico é produzido quando o organismo metaboliza proteína. Quando a urina torna-se ácida (pH abaixo de 5,5), ocorre uma saturação de cristais de ácido úrico na urina, condição chamada de hiperuricosúria. O agrupamento destes cristais levam à formação dos cálculos. Pessoas que consomem grande quantidade de proteína são mais propensas a desenvolver esse tipo de calculo, assim como pacientes em tratamento de quimioterapia e com gota.
  4. Cálculos de Cistina: São cálculo raros e desenvolvem-se em pacientes com alterações metabólicas, levando à grande quantidade de cistina na urina.

Como os cálculos renais são diagnosticados?
Habitualmente a maioria das pessoas descobrem que possuem cálculos renais por apresentar dor intensa na região lombar com irradiação para a porção inferior do abdome. A dor pode estar associada à náuseas e vômitos. Isso acontece quando um cálculo renal migra em direção ao ureter, bloqueando a passagem da urina para a bexiga.

Inicialmente seu médico fará uma avaliação completa dos sintomas e exame físico. Informações como história prévia de cólica renal, medicações em uso, história de familiares com cálculos renais, tipo de dieta e outras doenças associadas, são de extrema importância na avaliação inicial.

Alguns exames serão realizados para o diagnóstico de cálculos renais: Exame de urina será útil para avaliar a presença de sangramento ou infecção. Eventualmente exames de sangue para avaliação da função renal ou infecção também serão realizados.

Embora estes exames sejam necessários, apenas exames de imagem podem diagnosticar precisamente a localização e tamanho dos cálculos renais.

A ultrassonografia e o Rx de abdome são exames realizados de rotina para a localização do cálculos, porém vem perdendo cada vez mais espaço para a tomografia computadorizada que apresenta uma grande capacidade de identificar mesmo os pequenos cálculos.

Alguns pacientes não apresentam dor, sendo apenas identificado cálculos em exames de rotina, porém alguns pacientes podem apresentar infecção urinária de repetição e sangramentos recorrentes.

E como é realizado o tratamento dos cálculos urinários?
As cólicas renais são conhecidas por serem extremamente dolorosas. Nos episódios de dor intensa há necessidade de uso de medicamentos analgésicos e antiespasmódicos para controle da dor. Eventualmente, nos casos de dor intensa, é necessário encaminhar-se a um serviço de emergência para utilizar analgésicos injetáveis. Contudo, muitas pessoas possuem pedras nos rins e desconhecem o problema, pois muitas vezes os cálculos permanecem no organismo durante meses ou até mesmo anos sem causar nenhuma dor. Mesmo assim, sem transtorno aparente, estas pedras são capazes de causar grandes danos aos rins como infecção urinaria e até mesmo insuficiência renal.

Eliminação espontânea dos cálculos podem ocorrer em ate 80% dos casos porem às vezes acompanhada de dor e obstrução urinária levando ocasionalmente a danos ao rim. Nestas situações, na espera da eliminação do calculo você deve ser acompanhada por um especialista na área para evitar maiores problemas. Ingestão de agua e medicação analgésica fazem parte do tratamento para eliminar cálculos urinários.

Caso uma pedra bloqueie as vias urinárias, ocorrerá um bloqueio no fluxo de urina, impedindo que o rim esvazie seu conteúdo para a bexiga levando a uma dilatação e sofrimento dos rins. Na vigência de obstrução urinaria com dilatação do rim, infecção urinária na presença do calculo e dores intensas e recorrentes, estará indicado a intervenção médica com o intuito de remover o cálculo, aliviar a obstrução e a dor e tratar a infecção na urina.

A intervenção médica atual está baseada principalmente em procedimentos minimamente invasivos, isto é, métodos que utilizam modernas tecnologias com menor agressão ao paciente. Cirurgias convencionais requerem incisões cirúrgicas extensas e dolorosas e são pouco empregadas atualmente. Atualmente, os tratamentos mais comuns utilizam diferentes formas de energia com o objetivo de quebrar um cálculo em partículas pequenas o suficiente para serem eliminadas pela urina ou removidas; estas formas de energia incluem, ultrassom, raio laser e impactos pneumáticos. A energia, que é direcionada ao cálculo, deve passar através de um instrumento fino (endoscópio) inserido no trato urinário pelas vias naturais (uretra) ou através de pequena incisão na pele. Muito comum é a litotripsia extracorpórea método ambulatorial que não necessita de anestesia a qual utiliza ondas de choque que atravessam o corpo do paciente em direção ao cálculo, fragmentando-o em pequenas partes que serão eliminados naturalmente pela urina.

Existe algum medicamento que possa dissolver os cálculos renais?
Os resultados com o emprego de medicamentos que dissolvem as “pedras” dependerão do tamanho, composição química dos cálculos e o modo de administração da droga. Alguns cálculos como os de acido úrico, podem ser dissolvidos em parte ou totalmente com medicamentos alcalinizantes como o citrato e bicabornato de sódio. Cálculos de cistina podem ser dissolvidos com D-Penicilamina, N-acetil-cisteina entre outros. Nos cálculos de estruvita ( ou de infecção) podem ser utilizados agentes acidificantes como a solução G de Suby e hemiacidrina. No entanto, apesar de toda a evolução científica e tecnológica, ainda hoje, o tratamento para dissolver os cálculos renais não são satisfatórios.

Como os cálculos renais podem ser prevenidos?
Se em algum momento da sua vida você formou um cálculo em seu rim, existe uma grande chance se novos cálculos se formarem. Determinar a causa da formação do seu cálculo é a primeira medida a ser adotada para a sua prevenção.

A análise de cálculos renais anteriores, são importantes para se tentar identificar qual alteração metabólica está ocorrendo, visando o tratamento específico para cada paciente. Um exame de urina pode demonstrar a presença de cristais, assim como exames de sangue podem identificar alterações metabólicas e hormonais.

Para se prevenir o agrupamento dos cristais de sais na urina, e consequentemente a formação do cálculo, seguem algumas medidas importantes:

  1. Ingestão de liquido – Ingerir liquido é a medida básica mais importante para a prevenção dos cálculos, tornando a urina mais diluída. Essa medida faz parte do tratamento e prevenção de todos os tipos de cálculos.
  2. Diuréticos Tiazídicos – Essas medicações diminuem a excreção de cálcio na urina pelo rim e também diminuem o risco de osteoporose por ajudar a manter o cálcio nos ossos. Podem levar a uma perda de potássio, sendo necessário suplementação pelo médico.
  3. Diminuir o sal (sódio) na alimentação – Pacientes que ingerem alimentos ricos em sódio, apresentam uma chance maior de formar cálculos renais. Isso ocorre porque o cálcio é excretado proporcionalmente ao sódio na urina. Os pacientes com predisposição e formar cálculos, devem ingerir menos de 2g de sal por dia. Cuidar com os alimentos industrializados e enlatados.
  4. anter dieta normal de cálcio – Antigamente pensava-se que uma restrição de alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados, deveria ser realizada para prevenir cálculos renais. Em circunstâncias normais, o cálcio se liga ao oxalato no intestino, e são eliminados. Se houver uma restrição de cálcio na alimentação, o oxalato é reabsorvido, aumentando sua concentração na urina, elevando a chance de formação de cálculos de oxalato de cálcio.
  5. Suplementação de citrato – O citrato tem a capacidade de prevenir a formação dos cálculos, uma vez que se liga mais facilmente ao cálcio, evitando que o cálcio se ligue ao oxalato e ao fosfato. A suplementação pode ser realizada com citrato de potássio ou citrato de sódio. Algumas evidencias sugerem que sucos de frutas cítricas (laranja e limão) aumentam os níveis de citrato na urina, sendo benéfico na prevenção dos cálculos renais.
  6. Diminuição da ingestão de proteínas – Uma dieta rica em proteínas, eleva os níveis de ácido úrico na urina, favorecendo a formação de cálculo de ácido úrico. O tratamento com Alopurinol pode ser iniciado para os pacientes que mantém níveis elevados de ácido úrico na urina, mesmo com dieta pobre em proteínas. Pode ser utilizado bicarbonato de sódio para tornar a urina menos ácida.

 

Fonte: Equipe Médica Urologia Curitiba